Asteroide 2024 YR4: O que sabemos sobre a possível colisão em 2032? Vídeo de simulação - Confira
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Imagem:Catalina Sky Survey/LPL/Dr. Wierzchos/Bryce Bolin
Recentemente, astrônomos conseguiram capturar novas imagens do asteroide 2024 YR4, um objeto espacial que pode colidir com a Terra em dezembro de 2032. As imagens foram obtidas pelo telescópio Gemini Sul, no Chile, quando o asteroide estava a 59,5 milhões de quilômetros da Terra.
Essas observações são fundamentais para entender melhor sua trajetória e avaliar se há, de fato, risco de impacto. Com essa nova coleta de dados, os cientistas esperam aprimorar os cálculos e determinar se há motivos para preocupação.
O que torna essas observações tão difíceis?
Observar um asteroide como o 2024 YR4 não é uma tarefa simples. Segundo o astrônomo Bryce Bolin, a equipe enfrentou três grandes desafios ao tentar capturá-lo:
1.
Brilho fraco: O asteroide é pequeno e reflete pouca luz, o que exige telescópios extremamente potentes para detectá-lo.
2.
Influência da Lua: No momento das observações, a Lua estava 70% iluminada, o que aumentou a quantidade de luz dispersa no céu e dificultou o registro do asteroide.
3.
Alta velocidade do asteroide: O 2024 YR4 se move rapidamente, tornando essencial um acompanhamento preciso para evitar que ele "desapareça" durante a observação.
Diante dessas dificuldades, os pesquisadores precisaram usar técnicas avançadas e longas exposições de até 12.200 segundos para conseguir imagens nítidas.
Qual o tamanho e a periculosidade do 2024 YR4?
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Apesar de parecer apenas um ponto brilhante nas imagens, o asteroide tem cerca de 55 metros de diâmetro – um tamanho que pode causar estragos significativos caso entre na atmosfera terrestre.
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As estimativas atuais indicam que em dezembro de 2032 ele passará a apenas 106 mil quilômetros da Terra, uma distância muito pequena em escalas astronômicas. Para comparação, a Lua está a aproximadamente 384 mil quilômetros do nosso planeta. Isso significa que o 2024 YR4 estará menos de um terço da distância lunar.
Se atingir a Terra, o impacto pode ter dois principais efeitos:
- Explosão na atmosfera, semelhante ao que aconteceu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013.
- Naquele evento, a explosão causou uma onda de choque que quebrou janelas e feriu mais de 1.500 pessoas.
- Criação de uma cratera, dependendo do local e do ângulo do impacto, podendo causar danos em larga escala.
As chances de impacto estão aumentando?
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Desde que foi descoberto em dezembro de 2024 pelo sistema ATLAS da NASA, o asteroide entrou na Tabela de Risco de Impacto do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (NEO) da NASA. Nas últimas semanas, as chances de colisão aumentaram ligeiramente, mas isso já era esperado pelos cientistas.
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A boa notícia é que, com o tempo, a tendência é que essas chances diminuam, conforme mais dados sobre sua órbita sejam coletados. Cada nova observação permite refinar os cálculos e prever com mais precisão se o asteroide realmente representa perigo.
O futuro do monitoramento do 2024 YR4
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A rocha espacial está se afastando, o que tornará cada vez mais difícil observá-la nos próximos anos. Segundo os astrônomos, essa pode ter sido a última oportunidade de estudá-lo com o telescópio Gemini Sul antes de 2028.
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Agora, os cientistas vão continuar analisando os dados coletados e comparando com futuras observações para entender melhor sua rota. Se houver um risco real de colisão, agências espaciais como a NASA e a ESA podem desenvolver estratégias de defesa planetária para evitar o impacto.
Devemos nos preocupar?
- O asteroide 2024 YR4 segue sob observação, mas ainda não há motivo para pânico. As chances de impacto existem, mas são pequenas e devem diminuir com novos estudos. A situação reforça a importância do monitoramento contínuo de objetos próximos da Terra e do desenvolvimento de tecnologias para evitar possíveis colisões no futuro.
New York Post (simulação) : Video shows what may happen if an asteroid strikes the Earth in 2032
Ficar atento a essas descobertas é essencial, pois, embora pequenos, esses asteroides podem causar grandes impactos. O estudo do 2024 YR4 também ajuda a aprimorar nossos sistemas de detecção e resposta, garantindo maior segurança para o planeta.