O duelo entre Filosofia e Ciência na aposta que desafiou os mistérios da mente
Há 25 anos, dois renomados estudiosos, o filósofo australiano David Chalmers e o neurocientista teuto-americano Christof Koch, fizeram uma aposta sobre a consciência. Eles queriam descobrir quais partes do cérebro estão envolvidas na experiência consciente. A aposta girava em torno dos "correlatos neurais da consciência", ou seja, as áreas do cérebro relacionadas à consciência.
Koch acreditava que em 25 anos seria possível identificar essas áreas cerebrais, enquanto Chalmers era mais cético. A aposta foi perdida por Koch, mas eles enfatizam que ganharam em termos de avanços científicos sobre a base neurológica da consciência. Eles discutiram como a consciência deixa "pegadas" no cérebro e como o progresso empírico foi feito nesse campo, apontando que sabemos mais sobre o cérebro agora do que em toda a história da humanidade.
Embora não tenham alcançado um consenso sobre as áreas exatas do cérebro associadas à consciência, eles destacaram que a busca continua. A discussão também se estendeu para a possibilidade de uma inteligência artificial consciente no futuro, levantando questões éticas e filosóficas sobre o desenvolvimento da IA consciente.
Koch - As máquinas podem ser conscientes? Não sabemos. É uma questão em aberto.
Chalmers - Podemos fazer uma IA (inteligência artificial) consciente? Esse é um desafio muito grande para os próximos anos.
A discussão se estendeu para a inteligência artificial (IA), com questões sobre a possibilidade de criar uma IA consciente e os desafios éticos e filosóficos envolvidos nisso.