IBGE: Cresce número de brasileiros que moram de aluguel,
Em 2022, a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela uma mudança significativa no perfil habitacional da população brasileira. Enquanto a maioria possuía domicílios próprios em 2016, dados mais recentes apontam uma queda para 64,6%, indicando um aumento no número de brasileiros que optam por morar de aluguel.
Importância e Relevância:
- Crescimento do Aluguel: Em seis anos, a parcela da população que reside em imóveis alugados cresceu quase 3%, atingindo 20,2% em 2022.
- Estratificação Socioeconômica: Nota-se um aumento de 4% na opção de moradia de aluguel entre a população mais pobre desde 2016, destacando as disparidades socioeconômicas.
- Faixa Etária e Gênero: Jovens entre 15 e 29 anos são os principais adeptos do aluguel, representando 25,6%, enquanto mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos apresentam a maior proporção de moradia de aluguel (33,0%).
Desafios e Inadequações:
- Falta de Documentação: Em 2022, 13,6% das pessoas em domicílios próprios não possuíam documentação adequada, sendo essa proporção maior (18,5%) entre a população mais pobre.
- Ônus Elevado com Aluguel: Cerca de 23,3% da população residente em domicílios alugados enfrenta ônus excessivo com o pagamento do aluguel, impactando principalmente mulheres sem cônjuge com filhos (14,2%) e a população de menor rendimento (9,7%).
O aumento no número de brasileiros que optam por morar de aluguel reflete mudanças nas dinâmicas habitacionais do país. As disparidades socioeconômicas, evidenciadas pelo crescimento do aluguel entre a população mais pobre, demandam atenção. Além disso, desafios como a falta de documentação e o ônus elevado com aluguel destacam a necessidade de políticas habitacionais mais inclusivas. Em um cenário onde a busca por moradia digna é uma realidade, compreender essas nuances é crucial para desenvolver soluções eficazes e promover a equidade no acesso à habitação.