Por que o preço da carne disparou em Outubro? Entenda os motivos e as previsões para 2025
Em outubro de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta significativa nos preços das carnes, marcando um aumento de 5,8%. Esse foi o maior aumento mensal desde novembro de 2020. Essa alta nos preços está diretamente ligada a fatores climáticos, desvalorização do real e aumento na demanda, tanto interna quanto externa.
Fatores que influenciaram o aumento
- Clima seco: As condições climáticas adversas afetaram o pasto, reduzindo a engorda do gado e, consequentemente, a quantidade de animais disponíveis para abate. Isso causou uma menor oferta de carne, elevando os preços.
- Desvalorização do real: A moeda brasileira enfraquecida frente ao dólar encarece os custos para o mercado interno, tornando mais vantajoso exportar. A alta do dólar incentiva os produtores a priorizarem o mercado externo, onde conseguem um valor maior pelo produto.
- Demanda interna e externa: O consumo interno segue forte, enquanto a demanda por carne brasileira aumenta no mercado internacional, especialmente na China, que continua como um dos principais importadores.
Principais cortes afetados
Os cortes que apresentaram as maiores variações no mês de outubro foram:
Corte | Variação (%) |
---|---|
Acém | 9,09 |
Costela | 7,40 |
Contrafilé | 6,07 |
Alcatra | 5,79 |
Expectativas futuras
Especialistas indicam que os preços das carnes continuarão pressionados nos próximos meses. Mesmo com os aumentos, o mercado interno ainda está absorvendo os valores, o que mantém o escoamento dos produtos nas prateleiras dos supermercados. Além disso, com a continuação do fortalecimento do dólar, espera-se que o foco na exportação persista, contribuindo para a manutenção dos preços elevados para os consumidores brasileiros.
O aumento nos preços das carnes, impulsionado pela menor oferta e o fortalecimento do dólar, é reflexo de uma combinação de fatores climáticos e econômicos. A alta demanda tanto no Brasil quanto no exterior deve continuar pressionando os preços, especialmente com a recuperação gradual de outros mercados exportadores. Para o consumidor, esse cenário representa um desafio no orçamento, e os especialistas alertam para uma possível continuidade desse aumento em 2025.