Tarifas dos EUA sobre a China não são únicas: Entenda como as cobranças acumulativas chegam a 145%

A política comercial dos Estados Unidos em relação à China tem sido um tema central desde o início do governo Trump, em 2017. Recentemente, a Casa Branca esclareceu que as tarifas sobre produtos chineses atingiram 145%, combinando medidas antigas e novas. Este resumo explica o contexto, a evolução dessas tarifas e seus impactos.
O que são as tarifas e por que foram implementadas?
Tarifas são impostos sobre produtos importados, aplicados para proteger a indústria doméstica ou pressionar outros países a mudar políticas comerciais. Desde 2017, o governo Trump iniciou uma série de tarifas contra a China, alegando práticas comerciais desleais, como subsídios estatais e roubo de propriedade intelectual.
Como as tarifas evoluíram ao longo do tempo?
1.
Fase inicial (2018-2019): Trump impôs tarifas escalonadas, chegando a 25% sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses. A China retaliou com tarifas semelhantes.
2.
Acordo parcial (2020): O "Acordo de Fase Um" reduziu tensões, mas manteve tarifas de 20% em muitos produtos.
3.
Recentemente (abril 2025): Trump anunciou uma tarifa "recíproca" adicional de 125%, somando-se aos 20% já vigentes, totalizando 145%.
Por que as tarifas são acumulativas?
A Casa Branca confirmou que a nova tarifa de 125% não substitui a anterior, mas se soma a ela. Isso significa:
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Tarifa base (20%): Implementada em 2020, vinculada a questões como imigração ilegal e tráfico de fentanil (droga que Trump atribui à China).
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Tarifa adicional (125%): Justificada como medida "recíproca" para equilibrar supostas vantagens comerciais chinesas.
Etapa | Percentual da tarifa |
---|---|
Tarifa original (governo Trump, entre 2018 e 2020) | 20% |
Tarifa adicional anunciada por Trump em 2025 | 125% |
Total acumulado | 145% |
Impactos imediatos e críticas:
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Para os EUA: Pode encarecer produtos eletrônicos, têxteis e outros bens, afetando consumidores e empresas dependentes de importações.
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Para a China: Pressão sobre exportadores, mas o país pode buscar mercados alternativos ou retaliar com novas medidas.
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Críticas: Economistas argumentam que tarifas elevadas podem gerar inflação e desacelerar o comércio global.
A nova regra para importações abaixo de US$ 800:
A partir de 2 de maio de 2025, produtos chineses com valor inferior a US$ 800
terão tarifa de 120%. Essa categoria, antes isenta, inclui compras online e pequenos pacotes, afetando diretamente consumidores.
As tarifas acumulativas refletem uma estratégia de longa data do governo Trump para reduzir o déficit comercial com a China e pressionar mudanças em suas políticas. Embora defendidas como necessárias para proteger interesses americanos, elas trazem riscos econômicos e podem intensificar tensões globais. O desfecho dessa disputa dependerá de negociações futuras e da reação da China, mantendo o tema no centro das discussões sobre comércio internacional.