Como Rússia e China sustentam o regime de Maduro na Venezuela: O papel crucial de aliados estratégicos
Sob o governo de Nicolás Maduro, a Venezuela tem cultivado relações estreitas com potências internacionais como Rússia e China, que têm desempenhado papéis essenciais na manutenção do regime, apesar das sanções e pressões internacionais.
Contexto e Importância das Alianças
Nicolás Maduro, que assumiu o poder na Venezuela após a morte de Hugo Chávez, tem enfrentado isolamento da comunidade internacional, especialmente do Ocidente. No entanto, o regime tem sido sustentado por uma rede de aliados, principalmente Rússia e China, além de Cuba, Turquia e Irã. Essas alianças fornecem suporte econômico, militar e diplomático crucial, ajudando Maduro a enfrentar pressões internas e externas, incluindo sanções impostas pelos EUA.
Apoio Econômico e Militar
Rússia
- Investimentos e Financiamentos: A Rússia, através da estatal Rosneft, investiu significativamente nos campos petrolíferos da Venezuela e forneceu crédito para a compra de equipamentos militares. Em 2014, a Rosneft concedeu à PDVSA empréstimos de
US$ 6,5 bilhões
e, em 2016, um adicional deUS$ 1,5 bilhão
. - Venda de Ativos: Em 2020, a Rosneft vendeu seus ativos na Venezuela para a Roszarubezhneft devido às sanções americanas. No entanto, a Rússia ainda mantém uma presença significativa e continua a apoiar o regime venezuelano.
China
- Empréstimos e Comércio: Desde o início dos anos 2000, a China concedeu bilhões em empréstimos à Venezuela, garantidos principalmente por petróleo. A Venezuela é o principal destinatário latino-americano de empréstimos chineses para desenvolvimento, recebendo US$ 59,2 bilhões.
- Investimento Estrangeiro Direto (IED): Apesar de uma diminuição no IED chinês na Venezuela, a relação bilateral foi elevada a uma "parceria estratégica para todas as condições climáticas". A China também está interessada em recursos naturais da Venezuela e na proteção de seus investimentos.
Apoio Militar e Estratégico
- Rússia: A Rússia forneceu equipamentos militares avançados e enviou conselheiros e tropas para a Venezuela, destacando seu compromisso em defender o regime contra possíveis intervenções externas.
- China: Embora em menor escala, a China contribuiu com tecnologias de vigilância e cibersegurança, ajudando a consolidar o controle de Maduro sobre a dissidência interna.
Apoio Diplomático
- ONU: Rússia e China têm protegido a Venezuela do isolamento internacional, vetando resoluções na ONU que visavam pressionar Maduro a renunciar. Em 2019, ambos os países vetaram propostas dos EUA no Conselho de Segurança da ONU.
Apoio de Outros Aliados
- Cuba: Forneceu assistência em segurança e inteligência, ajudando a identificar e neutralizar ameaças à oposição.
- Turquia: Refinou ouro venezuelano e criticou as sanções econômicas impostas pelos EUA.
- Irã: Enviou navios-tanque de gasolina para aliviar a escassez de combustível na Venezuela.
Futuro das Relações
O futuro de Maduro é incerto devido à crescente pressão internacional e aos protestos internos. Especialistas sugerem que Maduro pode se tornar ainda mais dependente de seus aliados, como Rússia e China. A relação com esses países pode se intensificar, apesar dos riscos e das dificuldades econômicas.
Rússia e China têm desempenhado papéis essenciais na sobrevivência do regime de Nicolás Maduro, fornecendo suporte econômico, militar e diplomático vital. Essas relações complexas refletem interesses mútuos em desafiar a influência dos EUA e proteger recursos valiosos. O futuro da Venezuela dependerá de como essas alianças evoluirão e da capacidade de Maduro em manter seu poder diante das pressões internas e externas.