AVC em mulheres: Como anticoncepcionais e gravidez podem aumentar os riscos – Descubra os fatores escondidos
As novas diretrizes atualizadas pela American Heart Association e pela American Stroke Association trazem informações vitais sobre a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC). Com foco em cuidados preventivos e estilo de vida saudável, as diretrizes enfatizam como mulheres podem ter riscos diferentes em relação ao AVC, destacando fatores hormonais e condições específicas que aumentam a vulnerabilidade ao derrame.
O AVC: Uma ameaça global
O AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade ao redor do mundo, impactando particularmente países com sistemas de saúde menos preparados. Em muitos casos, o AVC é evitável, com mais da metade dos casos podendo ser prevenidos. Os principais fatores de risco incluem:
- Hipertensão arterial
- Colesterol elevado
- Diabetes
- Obesidade
No Brasil, 1,5% da população sofre AVC a cada ano, com 2 milhões de pessoas vivendo com sequelas, sendo a condição mais prevalente entre pessoas com mais de 60 anos.
A prevenção: Mudanças no estilo de vida
O que pode ser feito para reduzir o risco de um AVC? Mudanças simples no estilo de vida podem ter um impacto significativo:
- Parar de fumar
- Aumentar a atividade física
- Melhorar os hábitos alimentares
- Dormir melhor
Essas ações não só ajudam a prevenir o AVC, mas também podem influenciar fatores genéticos, reduzindo o risco de complicações futuras.
Mulheres e os riscos específicos ao AVC
As novas diretrizes destacam que as mulheres devem ser monitoradas de maneira especial devido a fatores de risco exclusivos que aumentam a possibilidade de AVC. Estes fatores incluem:
- Uso de anticoncepcionais orais: Mulheres que fazem uso desses medicamentos estão mais propensas a problemas vasculares.
- Complicações durante a gravidez: Pressão alta e parto prematuro aumentam os riscos de um AVC durante e após a gestação.
- Outros fatores hormonais: Como endometriose, insuficiência ovariana prematura e menopausa precoce.
Esses fatores devem ser acompanhados com atenção redobrada por profissionais de saúde para reduzir os riscos de um evento vascular.
Mulher transgênero: Fatores de risco adicionais
O uso de estrogênios por mulheres transgênero, para afirmação de gênero, também pode aumentar a probabilidade de sofrer um AVC. Isso revela que os cuidados com a saúde vascular precisam ser personalizados para cada indivíduo, considerando o histórico e as condições hormonais.
A sobrecarga de trabalho e seus efeitos
A neurologista Polyana Piza aponta que as mulheres, além dos fatores biológicos, muitas vezes enfrentam uma jornada de trabalho dupla: dentro e fora de casa. Essa sobrecarga pode afetar a saúde cardiovascular de diversas formas, como:
- Aumento dos níveis de estresse
- Descontrole da pressão arterial
- Piora no sono e nos níveis de colesterol
Esses fatores, somados a hábitos como o consumo de álcool e tabaco, contribuem para um risco maior de complicações.
O perigo dos implantes hormonais: Um risco escondido
Embora não esteja nas diretrizes mais recentes, o uso de implantes hormonais manipulados (chips da beleza) também merece atenção. Esses dispositivos podem alterar a configuração das paredes arteriais e causar dissecções nas artérias vertebrais e carótidas, um fator significativo para o AVC em mulheres jovens.
Prevenção secundária: Cuidando de quem já sofreu um AVC
A prevenção não deve se limitar a quem ainda não teve um AVC. Pacientes que já sofreram um AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT) também precisam de cuidados especiais para evitar novos eventos. O tratamento inclui:
- Controle da pressão arterial
- Controle de colesterol
- Uso de medicamentos para controle da coagulação sanguínea
- Mudanças no estilo de vida
Essas medidas são essenciais para garantir a recuperação e evitar sequelas adicionais.
As novas diretrizes de prevenção do AVC ressaltam a importância de monitorar os fatores de risco específicos para mulheres, como o uso de anticoncepcionais e complicações na gravidez. Além disso, a mudança no estilo de vida e o controle das condições de saúde, como hipertensão e colesterol, são essenciais para reduzir os riscos de AVC. A colaboração entre governo, profissionais de saúde e sociedade é fundamental para enfrentar esse problema global, e a conscientização sobre os riscos hormonais e os cuidados necessários pode salvar vidas.
Ao entender melhor os fatores de risco e adotar medidas preventivas, é possível reduzir significativamente o impacto do AVC, promovendo uma vida mais saudável e protegida.