Desmistificando o mito da mandioca: A diferença entre mandioca e macaxeira
A eterna dúvida sobre o nome correto - mandioca ou macaxeira - é frequente no Brasil. No entanto, pesquisadores explicam que existe, de fato, uma diferença entre as duas, fortalecendo a distinção entre elas e desmistificando o mito. A diferença reside no fato de uma ser "brava" e a outra "mansa".
A macaxeira, quando consumida in natura, é considerada mansa. Por outro lado, a mandioca passa por processamento e industrialização para a produção de polvilho, farinha e goma, sendo classificada como brava.
A distinção está relacionada ao teor de ácido cianídrico (HCN), uma substância altamente tóxica que pode levar à morte. Se a quantidade desse ácido for inferior a 50 mg/kg ou ppm (partes por milhão), a mandioca é considerada mansa. Caso ultrapasse esse limite, ela é classificada como brava.
Para poder ser consumida, a mandioca brava precisa ser submetida a altas temperaturas, uma vez que o ácido cianídrico se degrada em altas temperaturas. É por isso que a mandioca é torrada antes de ser consumida.
Além das diferenças de nomenclatura, a mandioca, macaxeira ou aipim, cujo nome científico é Manihot esculenta, é uma planta nativa da América do Sul, mais especificamente do Brasil. Ela já era cultivada pelos índios na região Amazônica muito antes da chegada dos europeus.
A nomenclatura varia conforme a região do país, mas a forma de consumo também difere. No Nordeste, é comum consumi-la cozida ou na forma de farinha, enquanto no Sudeste e no Sul, é mais comum consumi-la como caldo ou frita. Independentemente do preparo, a mandioca é uma excelente fonte de energia, pois é rica em amido.
Portanto, a resposta para a pergunta é que tanto mandioca quanto macaxeira são corretos, mas a diferença entre elas reside no teor de ácido cianídrico, classificando uma como brava e a outra como mansa.