Dormir pouco ou dormir demais? Descubra como o sono afeta sua memória e envelhecimento
A importância de um bom sono é inegável, e o dilema entre dormir pouco ou dormir demais revela-se mais complexo do que aparenta. Pesquisas recentes indicam que ambos os extremos podem ser prejudiciais à memória, fluência verbal e à cognição geral, especialmente em adultos e idosos. Neste resumo, vamos explorar os efeitos do sono nas funções cognitivas e a relevância deste tema no contexto do envelhecimento populacional.
Importância do sono
- Desempenho cognitivo: O sono adequado é crucial para funções como memória e linguagem.
- Saúde Mental: A qualidade do sono influencia diretamente a saúde mental e a qualidade de vida.
- Envelhecimento saudável: Entender o sono pode ajudar a mitigar o declínio cognitivo relacionado à idade.
O cenário atual
A vida moderna impõe um ritmo acelerado que afeta negativamente a qualidade do sono. A pesquisa revela que no Brasil:
- 76% da população acima de 16 anos relatam problemas de sono.
- 45,9% a 58,6% dos brasileiros com 50 anos ou mais sofrem de insônia.
- Tendências de sono curto (menos de 6 horas) são mais comuns em pessoas de 40 a 59 anos, enquanto o sono longo (9 horas ou mais) é mais frequente entre aqueles com 60 anos ou mais.
Efeitos do sono na cognição
Um estudo realizado com 7.248 participantes entre 55 e 79 anos demonstrou associações significativas entre distúrbios do sono e desempenho cognitivo:
Menos de 7 horas
- Baixo desempenho
- Prejudica memória e funções executivas
7 horas
- Desempenho ideal
- Melhora memória e função cognitiva
Mais de 7 horas
- Baixo desempenho
- Relacionado a insônia e cansaço
Envelhecimento e saúde cognitiva
O aumento da expectativa de vida traz à tona questões sobre o envelhecimento saudável e as doenças neurodegenerativas. No Brasil, a população idosa cresceu de 30,2 milhões em 2017 para 32,1 milhões em 2022, representando 15,6% da população total. A pesquisa sugere que:
- A qualidade do sono é um fator modificável que pode impactar o declínio cognitivo.
- A insônia, especialmente em pessoas mais velhas, tem efeitos mais severos na função executiva e na memória.
A relação entre sono e cognição é clara: tanto dormir pouco quanto dormir muito pode ser prejudicial, especialmente para idosos. A pesquisa sugere que intervenções para melhorar a qualidade do sono podem ser uma estratégia eficaz para promover um envelhecimento saudável e retardar o declínio cognitivo. Este estudo destaca a necessidade de políticas públicas que incentivem hábitos de sono saudáveis, considerando o impacto significativo que o sono tem na saúde mental e cognitiva.