EMS recebe autorização para produzir concorrente do "Ozempic": Avanço para a indústria nacional e acesso ao tratamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu sua aprovação para a farmacêutica brasileira EMS fabricar dois medicamentos voltados ao tratamento de diabetes e obesidade, incluindo a liraglutida, que é similar à semaglutida, princípio ativo do famoso medicamento Ozempic. Essa conquista é um marco para a indústria farmacêutica nacional, permitindo a fabricação do primeiro concorrente local para tratamentos de grande procura.
Importância e relevância do avanço
Impacto na indústria nacional
- A autorização da Anvisa não só representa um avanço significativo para a EMS, mas também coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário global de pesquisa e tecnologia farmacêutica. O diretor médico da EMS, Dr. Ian Gonçalves Junior, destacou que a fabricação local da liraglutida foi possível após um investimento de mais de
R$ 150 milhões
em infraestrutura e processos, colocando o Brasil na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias farmacêuticas.
Acesso ao tratamento
- O lançamento de medicamentos como a liraglutida, comercializados sob os nomes Olire e Lirux, é especialmente relevante para o acesso a tratamentos para diabetes e obesidade. Esses medicamentos têm sido utilizados com sucesso no tratamento da obesidade, uma doença cada vez mais reconhecida como uma condição médica. A expectativa é que a produção nacional permita uma redução de custos, possibilitando que mais brasileiros tenham acesso a esses tratamentos.
Tecnologia de ponta e exportação
- A EMS já possui uma fábrica aprovada pelo FDA, órgão regulador americano, que será responsável pela produção. Esse selo de qualidade internacional reforça a credibilidade da produção nacional e abre portas para a exportação dos medicamentos, ampliando as oportunidades para o Brasil no mercado farmacêutico global.
Relevância para a saúde pública
- A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Dr. Gonçalves enfatizou que o tratamento da obesidade vai além de uma questão de disciplina ou falha de caráter, sendo uma condição com fatores biológicos complexos. Com a produção nacional de medicamentos eficazes, o Brasil pode oferecer soluções mais acessíveis para tratar uma das doenças mais prevalentes da atualidade.
Expectativa de adoção e efeitos colaterais
- Ainda não há um preço definido para os novos medicamentos, mas a expectativa é que a produção local torne os tratamentos mais acessíveis à população. Além disso, os efeitos colaterais observados nos pacientes que utilizaram a liraglutida foram relativamente baixos, com alguns relatos de náusea, dor abdominal e constipação intestinal, mas sem efeitos graves associados.
A autorização para a fabricação de medicamentos concorrentes ao Ozempic pela EMS representa um marco tanto para a indústria farmacêutica nacional quanto para a saúde pública brasileira. Ao produzir alternativas eficazes e acessíveis para o tratamento de doenças como diabetes e obesidade, o Brasil dá um passo importante em direção ao fortalecimento da sua capacidade de inovação e à melhoria do acesso ao tratamento para doenças complexas. Com a expectativa de que a produção local possibilite preços mais acessíveis, essa vitória promete beneficiar milhares de brasileiros e impactar positivamente o mercado de medicamentos.