Energéticos fazem mal ao coração? Saiba os riscos, sintomas e como evitar problemas graves

O consumo de bebidas energéticas tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre jovens e trabalhadores que buscam disposição para enfrentar longas jornadas. No entanto, especialistas alertam que o uso excessivo desses produtos pode trazer sérios riscos à saúde cardiovascular, como arritmias, aumento da pressão arterial e até infartos.
Por que os energéticos fazem mal ao coração?
As bebidas energéticas contêm uma alta quantidade de cafeína e outros estimulantes que podem impactar diretamente o funcionamento do coração. Entre os principais efeitos estão:
1.
Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, sobrecarregando o coração.
2.
Possibilidade de fibrilação atrial, uma arritmia que pode levar a complicações graves, como AVC e infarto.
3.
Estresse no sistema cardiovascular, tornando o coração mais vulnerável a alterações elétricas.
Segundo o cardiologista Bruno Valdigem, do Einstein, Rede D’Or e Dante Pazzanese, os termogênicos presentes nos energéticos são irritativos e podem desregular o ritmo cardíaco. Em pessoas com predisposição a doenças cardíacas, essa irritação pode ser a "gota d'água" para o desenvolvimento de complicações.
Casos de problemas cardíacos relacionados ao consumo de energéticos
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Um caso recente que chamou atenção foi o do ator Rafael Zulu, que precisou ser internado após sofrer uma fibrilação atrial causada pelo consumo excessivo de energéticos. Ele passou quatro dias no hospital devido à arritmia cardíaca, evidenciando os riscos que essas bebidas podem representar, mesmo para quem não tem histórico de doenças cardiovasculares.
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Estudos indicam que a combinação de energéticos com álcool ou o uso contínuo dessas bebidas pode elevar significativamente o risco de eventos cardiovasculares graves. O perigo se intensifica para pessoas com hipertensão, arritmias e diabetes, que já possuem um coração mais vulnerável.
Existe um limite seguro para o consumo de energéticos?
De acordo com especialistas, não existe uma quantidade segura de energéticos que possa ser consumida sem riscos, pois a sensibilidade à cafeína varia de pessoa para pessoa. Algumas podem desenvolver problemas cardíacos mesmo com ingestão moderada, enquanto outras podem tolerar doses maiores sem apresentar sintomas imediatos.
Os principais sintomas que indicam problemas cardíacos relacionados ao consumo de energéticos são:
1.
Palpitações e batimentos cardíacos irregulares
2.
Cansaço excessivo e falta de ar
3.
Dor no peito
Se não tratada, a fibrilação atrial pode levar à formação de coágulos no coração, aumentando o risco de AVC e infarto.
Como reduzir os riscos?
Os especialistas recomendam algumas estratégias para evitar os perigos dos energéticos e manter a saúde do coração em dia:
- Evitar o consumo frequente – Se precisar de mais energia, opte por alternativas naturais, como uma alimentação equilibrada e boas noites de sono.
- Ficar atento aos sinais do corpo – Se notar sintomas como palpitações ou tontura após ingerir um energético, busque um médico.
- Não combinar energéticos com álcool ou outras substâncias estimulantes – Essa mistura pode aumentar ainda mais o risco de arritmias.
- Monitorar a saúde do coração regularmente – Pessoas com histórico de problemas cardíacos devem evitar energéticos e manter acompanhamento médico.
Embora as bebidas energéticas sejam amplamente consumidas, seu uso indiscriminado pode trazer sérios riscos à saúde, principalmente ao coração. Casos como o de Rafael Zulu mostram que até mesmo pessoas sem doenças pré-existentes podem sofrer complicações cardiovasculares.
O alerta dos especialistas é claro: o melhor caminho para ter mais disposição no dia a dia é investir em hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, sono adequado e a prática de exercícios físicos, em vez de recorrer a substâncias estimulantes que podem colocar a vida em risco.