Herpes genital: O que você precisa saber sobre essa infecção comum - Como evitar a contaminação
O herpes genital tem se tornado cada vez mais prevalente em todo o mundo, afetando milhões de pessoas. Com base em novas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 846 milhões
de pessoas entre 15 e 49 anos vivem com essa infecção. Mas por que os casos estão aumentando? Como se proteger? Vamos entender melhor:
O que é o herpes genital?
O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo vírus herpes simplex (HSV). Esse vírus tem dois tipos principais:
- HSV-1: Causa principalmente o herpes labial, mas também pode ser transmitido sexualmente e provocar infecções genitais.
- HSV-2: Está associado quase exclusivamente ao herpes genital.
Uma vez que alguém é infectado, o vírus permanece no corpo por toda a vida, podendo causar surtos recorrentes.
Como o herpes genital é transmitido?
O herpes é altamente contagioso e pode ser transmitido por:
1. Contato direto com lesões de herpes labial ou genital.
2. Sexo oral, vaginal ou anal com uma pessoa infectada, mesmo sem sintomas visíveis.
3. Uso compartilhado de objetos como copos, talheres ou protetor labial (para HSV-1).
4. Durante o parto, quando a mãe tem uma infecção ativa, podendo ser perigoso para o bebê.
Sintomas do herpes genital
Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Algumas podem não apresentar sinais, enquanto outras experimentam sintomas intensos, como:
- Bolhas dolorosas nos órgãos genitais ou ao redor da boca.
- Úlceras abertas que podem levar semanas para cicatrizar.
- Sensação de formigamento, coceira ou ardência antes das lesões aparecerem.
- Febre, fadiga e dor no corpo em surtos iniciais.
Após o primeiro episódio, os surtos costumam ser mais leves e menos frequentes.
O aumento dos casos
A OMS revelou que as infecções genitais causadas pelo HSV-1 dobraram entre 2016 e 2020, passando de 192 milhões para 376 milhões
de casos. Enquanto isso, o **HSV-2 **se mantém estável, mas ainda representa a maioria dos casos de herpes genital.
Esse crescimento pode estar ligado a:
- Maior número de práticas sexuais sem proteção.
- Baixa percepção do risco associado ao sexo oral.
- Falta de sintomas visíveis, dificultando a identificação e prevenção.
Existe tratamento?
Não há cura para o herpes genital, mas há maneiras de gerenciar a infecção:
- Medicamentos antivirais ajudam a reduzir a frequência e a gravidade dos surtos.
- Práticas de autocuidado, como manter um sistema imunológico forte, podem minimizar os episódios.
- Evitar contato sexual durante surtos reduz significativamente a transmissão.
Como se proteger?
Para reduzir o risco de infecção:
- Use preservativos em todas as relações sexuais, incluindo o sexo oral.
- Evite contato com lesões visíveis de herpes.
- Mantenha uma boa higiene pessoal e evite compartilhar objetos íntimos.
- Consulte um médico para check-ups regulares e discuta qualquer preocupação sobre ISTs.
O herpes genital é uma infecção altamente comum e incurável, mas pode ser controlada. A crescente prevalência da doença reforça a importância de práticas sexuais seguras, informação e redução do estigma associado ao vírus. Buscar orientação médica e adotar hábitos preventivos são essenciais para minimizar riscos e garantir uma vida saudável.