O valor do sono profundo na proteção contra demência
Dormir bem à noite, por no mínimo 8 horas, emerge como um pilar essencial para a saúde cerebral, de acordo com pesquisadores da Universidade Monash, nos EUA. Em um estudo publicado na revista científica JAMA Neurology, foi revelado que a redução do tempo de sono profundo, o terceiro estágio do sono conhecido como sono de ondas lentas, está intimamente ligada ao aumento do risco de demência, incluindo a doença de Alzheimer, em idosos.
- Importância do Sono Profundo:
- Dormir pelo menos 8 horas é crucial para a saúde cerebral, especialmente para pessoas com 60 anos ou mais.
- A falta frequente de sono profundo, mesmo ajustando fatores de controle como idade, sexo, genética, tabagismo e medicamentos, pode aumentar em 27% o risco de demência.
- Relevância do Estudo:
- O estudo analisou 346 participantes ao longo de vários anos, revelando que a qualidade do sono, especialmente o sono profundo, está diretamente relacionada ao risco de demência.
- Mesmo após o término do experimento, os participantes foram monitorados por 17 anos, durante os quais foram registrados 52 casos de demência.
- Conexão entre Sono Profundo e Saúde Cerebral:
- O sono de ondas lentas impacta o envelhecimento do cérebro de várias maneiras, e sua redução é identificada como o principal fator de risco comportamental para demência.
- O encurtamento do período de sono profundo pode contribuir para o acúmulo de proteínas tóxicas associadas à doença de Alzheimer.
- Mecanismos de Proteção do Cérebro:
- Embora não se compreenda completamente por que o sono profundo é crucial para a proteção do cérebro, os cientistas sugerem que os mecanismos ativados nessa fase podem impedir o acúmulo de proteínas prejudiciais, associadas à morte dos neurônios.
O sono profundo é mais do que uma necessidade de descanso; é uma salvaguarda vital contra o surgimento da demência, especialmente em idosos. O entendimento de que o sono de ondas lentas contribui para a eliminação de resíduos metabólicos e limpeza de proteínas associadas à doença de Alzheimer posiciona o ato de dormir bem como um fator de risco modificável para preservar a saúde cerebral ao longo do tempo.