A crescente e preocupante epidemia invisível do feminicídio no Brasil
A cada 15 horas, uma mulher torna-se vítima de feminicídio no Brasil, de acordo com o boletim Elas Vivem, da Rede de Observatórios da Segurança. Em 2023, pelo menos 586 mulheres foram assassinadas em oito estados brasileiros, o equivalente a um caso a cada 15 horas.
Estado | Casos de Violência | Feminicídios |
---|---|---|
São Paulo | 1.081 | 174 |
Rio de Janeiro | 621 | 35 |
Bahia | 365 | 70 |
Pernambuco | 253 | 92 |
Ceará | 196 | 37 |
Piauí | 202 | 28 |
Maranhão | 195 | 38 |
Pará | 224 | 43 |
Feminicídio é o assassinato de uma mulher cometido devido ao seu gênero, geralmente envolvendo ódio, desprezo ou discriminação contra o sexo feminino. Quando o crime é perpetrado por ex-parceiros ou ex-parceiras, caracteriza-se como feminicídio por razões de relacionamento íntimo ou doméstico. Por sua vez, todos os casos em que a vítima é mulher são considerados feminicídios, independentemente do vínculo com o agressor. Essa tabela apresenta as proporções de feminicídios nessas duas categorias em relação ao total de casos de violência contra a mulher em cada estado.
Importância e Relevância:
- Conscientização Urgente: A frequência alarmante do feminicídio destaca a necessidade urgente de conscientização e ação.
- Proteção Estatal: O Estado deve intervir para proteger as mulheres antes que a violência ocorra, facilitando o acesso à denúncia e implementando medidas preventivas.
- Dados Desanimadores: Os números mostram que a maioria dos crimes é cometida por parceiros ou ex-parceiros das vítimas, enfatizando a necessidade de abordar o ciclo de violência doméstica.
- Aumento da Violência: O aumento nos casos de violência em 2023 sugere uma necessidade crítica de medidas para combater a violência contra as mulheres em todas as regiões do Brasil.
- Falta de Registro: A falta de registro adequado de raça/cor das vítimas destaca a necessidade de melhorar os sistemas de coleta de dados para entender melhor as dinâmicas envolvidas nos crimes de gênero.
A violência contra a mulher não é um problema isolado e requer esforços contínuos da sociedade e do governo para prevenir e enfrentar essa epidemia invisível.
O feminicídio é uma epidemia invisível que assola o Brasil, ceifando vidas e deixando um rastro de dor e destruição. É fundamental que a sociedade e o Estado se unam para combater esse flagelo, protegendo as mulheres, promovendo a igualdade de gênero e garantindo que cada mulher possa viver livre de violência e medo.