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sábado, 8 de fevereiro de 2025 às 10:21 GMT+0

A mutilação genital feminina: A cada 12 minutos, uma menina morre

A Mutilação Genital Feminina (FGM/C) é uma prática que afeta milhões de meninas e mulheres em diversas partes do mundo. Embora tenha raízes culturais e sociais, um estudo recente revelou que a cada 12 minutos uma menina morre em decorrência dessa prática.

Este texto explica o que é a FGM/C, seus impactos e as possíveis formas de combatê-la.

O que é a mutilação genital feminina (FGM/C)?

A FGM/C consiste na remoção parcial ou total da genitália feminina sem justificativa médica. Essa prática é mantida por diferentes razões culturais, mas não traz benefícios e pode causar graves danos físicos e psicológicos.

Onde isso acontece?

  • Mais comum em países da África, Oriente Médio e algumas regiões da Ásia.
  • Em certos locais, mais de 90% das mulheres passam por essa prática.

Motivos apontados

  • Tradições culturais e sociais.
  • Crença de que melhora a higiene ou a fertilidade.
  • Pressão para manter padrões de pureza e aceitação social.

Embora muitas comunidades defendam a continuidade da FGM/C por questões culturais, os riscos à saúde são severos.

O impacto mortal: A cada 12 minutos, uma vítima

Um estudo das universidades de Birmingham e Exeter mostrou que a FGM/C está relacionada a um número significativo de mortes femininas, muitas vezes subnotificadas.

Dados relevantes

  • 44.000 mortes por ano nos 15 países analisados.
  • Em países como Guiné, Mali e Serra Leoa, a prática atinge mais de 80% das mulheres.
  • A pandemia aumentou a vulnerabilidade de cerca de 2 milhões de meninas.

Principais causas de morte

  • Infecções graves devido à falta de higiene.
  • Hemorragias severas.
  • Complicações no parto, afetando mãe e bebê.

Muitas dessas mortes não eram associadas oficialmente à FGM/C, o que subestimava a gravidade do problema.

Por que a prática ainda persiste?

Apesar dos riscos e de campanhas contra a FGM/C, a prática ainda é comum devido a fatores culturais e sociais.

Motivos principais

  • Pressão social e tradição familiar.
  • Medo de exclusão social para aquelas que não passam pelo procedimento.
  • Em alguns países, ainda não há leis proibindo a prática.

Em contrapartida, diversas nações têm criminalizado a FGM/C, e campanhas de conscientização têm promovido mudanças graduais.

Medidas para combater a FGM/C

O estudo aponta algumas estratégias para a redução e eliminação da prática:

  • Implementação de leis mais rigorosas contra a FGM/C.
  • Campanhas educativas para informar sobre os riscos.
  • Apoio às sobreviventes com assistência médica e psicológica.
  • Trabalho com líderes comunitários para promover mudanças culturais.

A mutilação genital feminina continua sendo um problema significativo em diversas regiões, resultando em graves consequências para a saúde e qualidade de vida de muitas meninas e mulheres. Embora a prática tenha raízes culturais, estudos indicam que sua erradicação depende de um conjunto de ações, incluindo legislação mais rígida, conscientização e apoio às vítimas. O avanço na identificação de mortes relacionadas à FGM/C pode contribuir para a criação de políticas mais eficazes no combate a essa prática.

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