Acidentes em águas rasas: O que você precisa saber para se proteger?
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um preocupante aumento no número de mortes por mergulho. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) revelou que entre 2017 e 2021, 237 vidas foram perdidas nesse tipo de acidente. Essa estatística é alarmante e merece nossa atenção. Vamos explorar os motivos por trás dessas tragédias, destacando a importância de conscientizar o público sobre os perigos e medidas preventivas.
Importância e Relevância:
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Entre as vítimas, a maioria (73%) está na faixa etária de 15 a 44 anos.
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Surpreendentemente, 94% das vítimas são do sexo masculino, levantando questões sobre a toxicidade masculina e comportamentos de risco.
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Recentemente, o trágico falecimento de Rafael Puglisi, conhecido como o "dentista das celebridades", chamou a atenção para a gravidade desses acidentes.
Causas das Mortes por Mergulho:
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Toxicidade Masculina: O médico David Szpilman, fundador da Sobrasa, destacou que a "toxicidade masculina" pode influenciar esses acidentes, especialmente quando ocorrem em grupos. Muitos homens tentam impressionar os outros ou evitam a exclusão, colocando-se em situações de risco.
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Falta de Experiência e Limite: Jovens frequentemente não possuem a experiência necessária para avaliar adequadamente os riscos de um mergulho. A inexperiência pode levar à subestimação do perigo.
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Desinformação e Falta de Conhecimento: Pessoas mais velhas também estão em risco, muitas vezes devido à falta de informação e conhecimento sobre as práticas seguras de mergulho em locais desconhecidos.
Riscos de Trauma e Afogamento Secundário:
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O risco de perder a consciência, mesmo sem fraturas, é elevado ao bater a cabeça na água.
Mergulhos de cabeça podem resultar em traumatismo cranioencefálico ou choque medular, causando afogamento. -
A parada cardíaca pode ocorrer em cerca de um minuto e meio, levando à morte.
Locais de Ocorrência:
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A maioria dos acidentes ocorre em águas naturais (60%), seguida por piscinas (5,3%).
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Acidentes fatais podem acontecer em piscinas, praias, barcos e cachoeiras.
Prevenção:
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Evitar mergulhar de cabeça.
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Sempre avaliar a profundidade, preferencialmente entrando na água sentado e com calma antes.
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Desconfiar de trauma cervical em caso de escoriação na cabeça ou pescoço, mergulho em altura ou inconsciência em local raso.
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Em caso de paralisia dentro da água, garantir que a boca e nariz da pessoa estejam fora da água e imobilizar o pescoço antes do resgate.
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Lembrar que mergulhos sentados ou em pé também podem causar lesões irreversíveis na coluna.
As mortes por mergulho no Brasil são um problema sério, principalmente entre jovens e homens. A toxicidade masculina, a falta de experiência e a desinformação são fatores que contribuem para essas tragédias. É vital disseminar informações sobre os perigos e práticas seguras de mergulho para evitar mais perdas de vidas preciosas. Siga sempre as precauções e cuide da sua segurança ao desfrutar de atividades aquáticas.