Fumaça e alerta vermelho de calor: Onde a qualidade do ar é pior no Brasil?
Em meio a uma onda de calor extremo e incêndios florestais, a qualidade do ar no Brasil tem se deteriorado significativamente, afetando diversas cidades em diferentes regiões do país. Este resumo analisa a situação atual da qualidade do ar, com foco nas áreas mais impactadas e nas consequências para a saúde pública.
Situação atual da qualidade do ar
Atualmente, diversas cidades brasileiras estão enfrentando níveis alarmantes de poluição atmosférica, exacerbados por uma combinação de calor intenso e incêndios. Os dados em tempo real da plataforma suíça IQAir destacam as cidades com os piores índices de qualidade do ar:
Porto Velho, Rondônia
- AQI (Índice de Qualidade do Ar):
200 (Muito Insalubre)
Rio Branco, Acre
- AQI:
170 (Prejudicial à Saúde)
A medição do AQI é feita com base em cinco poluentes principais: ozônio, material particulado, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio.
São Paulo em destaque
São Paulo lidera o ranking global de pior qualidade do ar, superando até mesmo grandes cidades como Kinshasa, na República Democrática do Congo. Na manhã de 10 de setembro de 2024, o AQI em São Paulo foi registrado em:
São Paulo:
- AQI:
160 (Pouco Saudável)
A poluição em São Paulo é atribuída a múltiplos fatores, incluindo:
- Emissões veiculares
- Poluição por ozônio
- Fumaça de incêndios na Amazônia
O calor extremo e a falta de chuvas agravam ainda mais a situação, com temperaturas variando entre 35°C e 37°C
.
Impactos na saúde
A deterioração da qualidade do ar tem impactos diretos na saúde, especialmente para grupos sensíveis. As recomendações incluem:
- Evitar atividades ao ar livre
- Proteger crianças e pessoas com doenças respiratórias
- A exposição prolongada à poluição pode causar efeitos adversos como problemas respiratórios e cardiovasculares.
Situação climática e incêndios
O Brasil está enfrentando uma das semanas climáticas mais severas do ano, caracterizada por:
- Temperaturas superiores a 40°C
- Umidade relativa do ar abaixo de 10%
Os incêndios têm sido intensificados pela baixa umidade e altas temperaturas, com mais de 156 mil focos registrados, o maior número em 14 anos. A fumaça dos incêndios locais e dos países vizinhos contribui para a má qualidade do ar.
Previsão do tempo e recomendações
- O clima seco e quente deve persistir até meados de setembro, com previsão de uma frente fria no final de semana, que trará temperaturas mais amenas e possíveis chuvas em São Paulo.
A crise climática atual no Brasil está criando condições severas que afetam a qualidade do ar em várias regiões. As altas temperaturas e a proliferação de incêndios contribuem para níveis perigosos de poluição, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo. É crucial que a população siga as recomendações de saúde para minimizar os impactos adversos e que medidas efetivas sejam adotadas para lidar com os incêndios e melhorar a qualidade do ar.