O poder político do "Design" na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva
O design, frequentemente associado ao consumismo, possui um potencial transformador que vai além do mercado. Exemplos como Zé Gotinha, usado nas campanhas de vacinação, mostram como o design pode ser uma ferramenta estratégica para disseminar mensagens políticas e sociais. Este artigo examina como o design pode moldar uma sociedade mais justa e inclusiva, abordando áreas como campanhas políticas, planejamento urbano, produtos acessíveis e sustentabilidade.
Importância do Design na política e comunicação social
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Campanhas de vacinação e consciência social: A figura do Zé Gotinha é um exemplo claro de design a serviço da saúde pública. Ao criar uma identidade visual simpática e amigável, o governo fortalece campanhas de vacinação e melhora os índices de imunização infantil, especialmente entre as crianças.
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Planejamento Urbano e inclusão: No desenho das cidades, o design impacta a forma como as pessoas se comportam e interagem nos espaços públicos. Postes de sinalização, áreas de convivência e lixeiras, por exemplo, podem transmitir valores de inclusão e sustentabilidade.
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Produtos inclusivos: No âmbito industrial, o design de produtos pode refletir valores sociais e políticos, como a criação de cadeiras de rodas adaptáveis para pessoas com mobilidade limitada e roupas específicas para paratletas e pacientes com doenças como Parkinson. Isso exemplifica como o design pode ir além do consumo, promovendo inclusão e equidade.
Contexto histórico: Design e revolução industrial
- O design, tal como o conhecemos, tem suas raízes na Revolução Industrial, um período marcado por grandes transformações tecnológicas e sociais. Essas mudanças não só alteraram o processo de produção, como também criaram novos hábitos de consumo e modificaram o ambiente urbano. Os designers passaram a desempenhar um papel essencial na simplificação de métodos de fabricação e no desenvolvimento de novas tecnologias.
Globalização e Design:
- Desafios e oportunidades: Na era contemporânea, o design enfrenta o dilema entre o global e o local. Enquanto a globalização estimula a uniformidade e o consumismo, também há uma crescente demanda por identidade local. O design pode ajudar a preservar valores culturais locais, ao mesmo tempo em que abraça a inovação global.
O design não é apenas uma ferramenta de mercado; ele desempenha um papel crucial na formação de identidades, no desenvolvimento de produtos inclusivos e na propagação de mensagens políticas e sociais. Ao colaborar com governos e comunidades, o design pode ajudar a criar um mundo mais justo, acessível e sustentável.