Queimadas na Amazônia: A pior crise dos últimos anos
As queimadas no estado do Amazonas atingiram níveis alarmantes em setembro de 2023, sendo o segundo pior registro desde 1998, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Foram 6.871 focos de incêndio, superados apenas pelo recorde de 8.659 do ano anterior. Este aumento drástico nas queimadas tem repercussões não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde das pessoas que habitam a região.
Importância e Relevância:
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Impacto Ambiental: O aumento das queimadas na Amazônia é uma preocupação crucial para a preservação do bioma amazônico, que é de importância global devido à sua biodiversidade única e seu papel na regulação do clima.
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Saúde Pública: Um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo WWF Brasil revelou que as queimadas na Amazônia resultaram em um aumento significativo nas internações hospitalares por problemas respiratórios nos últimos dez anos, de 2010 a 2020.
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Efeitos na Saúde: As altas concentrações de partículas respiráveis finas (fumaça) provenientes das queimadas causaram um aumento de até duas vezes no risco de hospitalização por doenças respiratórias nos estados mais afetados da Amazônia Legal, como Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre.
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Dados Alarmantes: O estudo apontou que 87% das internações no Amazonas, 68% no Pará, e 70% em Mato Grosso e Rondônia estavam relacionadas à concentração de fumaça decorrente das queimadas.
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Subnotificação: O impacto pode ser ainda maior devido à possível subnotificação de casos devido a inconsistências na base de dados do DataSUS.
As queimadas na Amazônia, além de representarem uma ameaça ao meio ambiente, têm consequências diretas e graves na saúde das pessoas que vivem na região. O aumento nas internações hospitalares devido a problemas respiratórios relacionados à fumaça das queimadas é um alerta para a necessidade urgente de medidas de combate ao desmatamento e incêndios florestais, bem como para a proteção da Amazônia e da saúde das comunidades que dependem dela. A preservação deste ecossistema não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de saúde pública e bem-estar humano.