Contrato de US$ 69,8 milhões: A contradição da IBM no reconhecimento facial - Dos recuos às milhões de dúvidas
A IBM, após um anúncio surpreendente em 2020, em que a IBM afirmou que não mais forneceria tecnologia de reconhecimento facial de "uso geral" devido a preocupações com direitos humanos, a empresa tomou recentemente uma decisão controversa.
No auge dos protestos do Black Lives Matter em 2020, a IBM declarou que se oporia ao uso de tecnologia de reconhecimento facial para vigilância em massa, perfilamento racial e outras violações dos direitos humanos.
Pontos Importantes:
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Contradição surpreendente: Apesar dessas declarações fortes, um contrato milionário de US$ 69,8 milhões foi firmado entre a IBM e o governo britânico. O contrato visa desenvolver uma plataforma de biometria com recurso de reconhecimento facial, levando a uma contradição notável em relação aos compromissos anteriores.
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Detalhes do contrato: O contrato especifica a criação de uma capacidade inicial de correspondência de impressões digitais, seguida pela adição de tecnologia de reconhecimento facial para uso nas áreas de imigração e aplicação da lei. Isso suscitou preocupações sobre potenciais abusos e violações de privacidade.
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Defesa da IBM: A IBM alega que o contrato não viola seus princípios estabelecidos anteriormente. A empresa afirma que a plataforma em questão não é destinada à vigilância em massa, mas sim a auxiliar os serviços policiais e de imigração na identificação de suspeitos por meio de bancos de dados de impressões digitais e fotos.
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Reações dos defensores dos direitos humanos: Defensores dos direitos humanos contestam essa posição e afirmam que o trabalho da IBM no contrato contradiz sua posição anterior, evidenciando uma tensão entre os valores declarados pela empresa e suas ações práticas.
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Antecedentes legais e ações de outras empresas: O uso de tecnologia de reconhecimento facial pela polícia nos Estados Unidos e no Reino Unido tem sido associado a questões legais e preocupações com direitos humanos. Outras empresas, como a Amazon e a Microsoft, adotaram restrições no uso de suas tecnologias de reconhecimento facial por parte das autoridades policiais.
A decisão da IBM de retornar ao mercado de reconhecimento facial após ter abertamente expressado preocupações anteriores suscita questionamentos sobre a coerência entre suas declarações de princípios e suas ações comerciais. Enquanto a discussão sobre o uso responsável dessa tecnologia continua, as controvérsias em torno do equilíbrio entre inovação e direitos humanos permanecem no centro das atenções.