Candelária e Vera Cruz: A região gaúcha que se tornou um polo mundial de estudos sobre dinossauros
Nas pacatas cidades gaúchas de Candelária e Vera Cruz, aparentemente comuns, encontra-se um tesouro paleontológico de valor inestimável. Há 230 milhões de anos, essas regiões eram o lar de alguns dos primeiros dinossauros e antepassados dos mamíferos, tornando-se um dos locais mais cruciais do mundo para entender o início do período Triássico e sua fauna.
Importâncias:
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Registro Pré-Mamífero: As descobertas em Candelária e Vera Cruz oferecem um raro vislumbre do período prévio à origem dos mamíferos, com especializações notáveis na dentição, olfato e visão, proporcionando uma visão única da evolução biológica.
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Condições Geológicas Únicas: Os processos geológicos únicos que ocorreram na região, incluindo a transformação de uma bacia sedimentar em um deserto e a subsequente formação de rochas sedimentares, permitiram a preservação excepcional de fósseis que lançam luz sobre o passado.
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Contexto da Pangeia: A região testemunhou a separação dos continentes, a formação do oceano Atlântico e outras mudanças ambientais fundamentais, proporcionando insights cruciais sobre a evolução da vida no momento em que os continentes estavam unidos no supercontinente Pangeia.
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Contribuições de Notáveis Paleontólogos: Pioneiros como Llewellyn Ivor Price, César Schultz e Marco Franca, juntamente com pesquisadores contemporâneos, solidificaram a importância dessa região para a paleontologia mundial, realizando descobertas de relevância global.
O Museu Municipal de Candelária desempenha um papel crucial na preservação desses fósseis e na educação da sociedade sobre a importância da paleontologia. Essa região é um tesouro não apenas para os cientistas, mas para toda a humanidade, contribuindo para nosso entendimento da evolução e história da vida no planeta. Candelária e Vera Cruz continuam a revelar os segredos de um passado distante, ajudando-nos a traçar o extraordinário caminho da vida na Terra.