Mapa da curiosidade: Nação por nação, quem investe mais em pesquisas sobre a Amazônia?
A Amazônia, como a maior floresta tropical do mundo, tem despertado um interesse crescente em diversos países, resultando em uma gama diversificada de pesquisas publicadas nas últimas décadas, abordando sua biodiversidade única e desafiadora. Este resumo examina a evolução dessas pesquisas, bem como as nações líderes, instituições proeminentes, financiadores influentes e áreas de especialização que dominam a investigação amazônica.
Destaques:
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Diversidade de Investigações Geográficas e Temporais
Desde 1975 até 2005, os Estados Unidos se destacaram como a principal fonte de estudos sobre a Amazônia. Entretanto, a partir de 2006, o Brasil assumiu a liderança como o principal contribuinte de pesquisas científicas sobre o bioma amazônico. Esse progresso é ilustrado pela análise de milhões de artigos científicos publicados globalmente, conduzida por Carlos Henrique de Brito Cruz, físico e vice-presidente sênior de Redes de Pesquisa da Elsevier. -
Papel Dominante do Brasil
O Brasil emergiu como líder inquestionável nas investigações científicas sobre a Amazônia. No período entre 2012 e 2021, 16 das 20 instituições mais proeminentes envolvidas nas pesquisas são brasileiras. Entre elas, estão a Universidade Federal do Pará, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e a Universidade Federal do Amazonas. A Universidade de São Paulo (USP) lidera o ranking de instituições, acompanhada pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e outras entidades. -
Financiamento da Pesquisa
O financiamento desempenha um papel crucial nas pesquisas sobre a Amazônia. As agências brasileiras de fomento à ciência, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) , assumiram posições de destaque como principais patrocinadores. Além disso, agências estaduais, como a Fapesp e a Fapeam, também contribuíram significativamente. -
Colaborações Internacionais e Parcerias
As colaborações internacionais são essenciais para a pesquisa amazônica. Estados Unidos, Reino Unido e França lideram as parcerias de pesquisa com o Brasil. No entanto, é importante notar a falta de conexões robustas com outros países que compartilham partes desse bioma. A Colômbia, o Peru e outros países sul-americanos estão posicionados abaixo das principais nações parceiras. -
Áreas de Especialização
Ciências Biológicas e Agricultura dominam a pesquisa na Amazônia, com uma vantagem considerável sobre outras disciplinas. Ciências do Meio Ambiente, Ciências da Terra e do Planeta, Medicina e Ciências Sociais completam as cinco principais áreas de estudo. Outras disciplinas, como Bioquímica, Genética e Biologia Molecular, também desempenham um papel fundamental.
Posição | Investidor | País |
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1 | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) | Brasil |
2 | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) | Brasil |
3 | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) | Brasil |
4 | Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) | Brasil |
5 | Fundação Nacional da Ciência (NSF) | Estados Unidos |
6 | Conselho de Pesquisa de Meio Ambiente (Nerc) | Reino Unido |
7 | Conselho de Pesquisa de Meio Ambiente (Nerc) | China |
8 | Conselho de Pesquisa de Meio Ambiente (Nerc) | Estados Unidos |
9 | Agência Nacional de Ciência e Tecnologia (ANCT) | Brasil |
10 | Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) | Brasil |
A crescente conscientização sobre a importância da Amazônia para o equilíbrio ecológico global tem levado a um aumento significativo na pesquisa científica sobre essa região. O Brasil emergiu como uma potência de pesquisa, liderando estudos e colaborações internacionais. No entanto, há ainda espaço para maior diversificação de parcerias e expansão de áreas de especialização, com potencial para ampliar ainda mais nosso entendimento da biodiversidade e dos desafios enfrentados pela Amazônia.