Dólar cai e Bolsa dispara: Queda na popularidade de Lula agita o mercado fnanceiro
A mais recente pesquisa do Datafolha revelou uma queda significativa na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impactando diretamente o mercado financeiro. O dólar caiu, a bolsa subiu e especialistas analisam os possíveis desdobramentos dessa mudança no cenário político e econômico do Brasil.
Queda na aprovação do governo Lula
A pesquisa do Datafolha divulgada em 14 de fevereiro de 2025 apontou que a aprovação do governo Lula caiu para 24%, o menor índice de seus três mandatos. Em dezembro do ano anterior, a aprovação era de 35%, ou seja, houve uma queda de 11 pontos percentuais.
Além disso, a reprovação ao governo aumentou de 34% para 41%, um reflexo direto do descontentamento popular com as políticas adotadas até o momento.
Por que isso aconteceu?
Economistas apontam alguns fatores que podem ter influenciado essa queda:
- Inflação persistente, que afeta diretamente o poder de compra da população.
- Políticas fiscais controversas, como a discussão sobre a "taxação do Pix".
- Falta de previsibilidade econômica, o que gera desconfiança tanto para consumidores quanto para investidores.
O impacto no mercado financeiro
O mercado reagiu imediatamente à divulgação da pesquisa, refletindo o descontentamento dos investidores com o atual governo e suas políticas econômicas.
Dólar em queda
- O dólar caiu 1,2%, fechando em
R$ 5,697
. - Essa foi a primeira vez desde novembro que a moeda americana ficou abaixo de
R$ 5,70
.
Bolsa de valores em alta
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, subiu 3%, fechando com 128.218 pontos.
- O crescimento da bolsa foi impulsionado pela perspectiva de uma mudança no cenário político e econômico no futuro.
Essa reação do mercado mostra um comportamento recorrente: períodos de incerteza política costumam trazer volatilidade, mas quando há uma expectativa de mudança que agrade os investidores, os ativos brasileiros se valorizam.
O que pensam os especialistas?
Especialistas do mercado financeiro analisam essa movimentação com cautela.
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O mercado não gosta de incerteza
A colunista Solange Srour apontou que a queda rápida na aprovação do presidente pegou investidores de surpresa. Ainda que a inflação tenha impacto na popularidade, fatores como o debate sobre tributação e gastos públicos também são relevantes. -
O impacto nas eleições de 2026
O economista Daniel Telles destacou um ponto importante: a queda da popularidade de Lula e a reação do mercado podem indicar que uma possível não reeleição do presidente agrada aos investidores. -
Ruídos na comunicação do governo
Outro fator que tem afetado a confiança do mercado é a falta de clareza na comunicação do governo sobre temas econômicos importantes. Isso foi evidente nas discussões sobre a fiscalização da Receita Federal no Pix e no pacote de contenção fiscal.
Contexto econômico: O Brasil e a estabilidade financeira
O Brasil enfrenta desafios econômicos significativos desde o início do terceiro mandato de Lula, iniciado em 2023.
Principais dificuldades enfrentadas pelo governo:
- Desvalorização da moeda: O real atingiu o nível mais baixo em relação ao dólar desde 1994.
- Aumento da inflação: A alta dos preços pressiona a população e enfraquece o consumo.
- Cortes no orçamento: Para conter a crise, o governo teve que reduzir gastos, afetando benefícios sociais e limitando aumentos salariais no setor público.
A combinação desses fatores torna a situação delicada e exige medidas econômicas eficazes para restaurar a confiança no governo e na economia brasileira.
Impactos
- A pesquisa do Datafolha e a forte reação do mercado demonstram como a política e a economia estão interligadas no Brasil. A queda na aprovação de Lula sinaliza um descontentamento crescente com sua gestão, enquanto a valorização da bolsa e a queda do dólar mostram que os investidores estão atentos aos possíveis desdobramentos.
Nos próximos meses, será fundamental observar como o governo responderá a essa queda de popularidade e quais medidas serão tomadas para recuperar a confiança tanto da população quanto do mercado. O cenário político e econômico segue volátil, e as decisões tomadas agora podem definir os rumos do país até as eleições de 2026.