Tabaco na Nova Zelândia: O surpreendente recuo na luta contra o tabagismo
A Nova Zelândia reverteu sua decisão histórica de proibir a venda de cigarros para futuras gerações, chocando especialistas e a população em geral. A proibição, originalmente proposta para conter as mortes decorrentes do tabagismo e evitar que as gerações mais jovens se envolvessem com o hábito, foi amplamente elogiada internacionalmente e previa salvar milhares de vidas anualmente. No entanto, o novo governo, recentemente formado por coalizão, decidiu revogar essa legislação, alegando preocupações financeiras e impacto nas receitas governamentais, especialmente devido à pressão de grupos empresariais como donos de bancas de jornal e pequenas lojas.
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Importância da medida inicial: A proibição da venda de cigarros era uma iniciativa pioneira para combater as mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo na Nova Zelândia. Essa medida era esperada para salvar milhares de vidas por ano e tinha inspirado outras nações, como o Reino Unido, a considerarem ações semelhantes.
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Choque e críticas à reversão: Especialistas em saúde, incluindo pesquisadores e organizações, ficaram chocados e criticaram fortemente a decisão de revogar a proibição. Argumentam que a política anti-tabagismo era crucial para a saúde pública e que a reversão é um retrocesso.
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Impacto financeiro e oposição: O novo governo, liderado pelo partido Nacional, justificou a revogação citando preocupações financeiras e perda de receitas devido à proibição da venda de cigarros. Grupos empresariais e políticos expressaram temores sobre um mercado paralelo emergente para o tabaco.
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Consequências para a saúde pública: A revogação da legislação anti-tabagismo foi criticada por grupos de saúde e indígenas Māori, já que o tabagismo afeta desproporcionalmente essa população. Modelos de saúde pública indicam que a política antifumo teria economizado bilhões de dólares ao sistema de saúde e ajudaria a atingir a meta de reduzir a taxa de tabagismo para 5% até 2025.
A decisão de reverter a proibição da venda de cigarros na Nova Zelândia surpreendeu e decepcionou muitos, gerando preocupações sobre o impacto na saúde pública e na economia. Embora justificada por questões financeiras e oposição de grupos comerciais, essa reviravolta contradiz os esforços em andamento para reduzir as consequências prejudiciais do tabagismo, prejudicando os avanços em direção a uma população mais saudável e um sistema de saúde mais sustentável.