Etarismo: A realidade que a economia tem que enfrentar
O Censo Demográfico de 2022 revelou um aumento significativo na proporção de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil, atingindo quase 11% da população. Esta mudança demográfica traz consigo desafios no cenário empresarial, especialmente em relação ao emprego para os mais velhos. O conceito de "etarismo" – estereótipos, preconceitos e discriminação baseados na idade – destaca a necessidade urgente de promover uma cultura de diversidade geracional nas organizações.
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Envelhecimento Demográfico: A mudança demográfica é inegável, e a proporção crescente de pessoas com mais de 65 anos demanda uma reavaliação no ambiente de trabalho para garantir oportunidades justas para todas as faixas etárias.
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Desafios do Etarismo: O etarismo, conforme definido pela ONU, representa um obstáculo para os profissionais mais velhos na busca por emprego. Conscientizar sobre estereótipos, preconceitos e discriminação é crucial para criar um ambiente de trabalho inclusivo.
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Cultura de Diversidade: Empresas estão adotando a ideia de "zero etarismo" para superar a intolerância geracional. O Instituto J&F e a Tim são exemplos de organizações que incentivam a diversidade de idade, destacando que mais de 20% dos estagiários da Tim têm acima de 30/40 anos.
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Oportunidades na Experiência: O depoimento de João Audi, diretor do Instituto J&F, ressalta a riqueza da experiência mais avançada na formação profissional e pessoal dos mais jovens. A troca de conhecimentos entre diferentes gerações é valorizada e enriquecedora.
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Recalibração nas Estratégias de Contratação: Empresas como a Tim redefinem seus processos seletivos, incentivando a inscrição de candidatos de todas as idades. Essa abordagem visa eliminar limites e garantir a representação equitativa de diferentes gerações no quadro de funcionários.
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Lacuna entre Necessidade e Oportunidade: Apesar de 93% dos profissionais com 50 anos ou mais buscarem recolocação, a pesquisa da Maturi destaca uma crescente lacuna entre essa necessidade e as oportunidades reais oferecidas pelas organizações.
A diversidade geracional emergiu como um imperativo nas agendas corporativas contemporâneas. Confrontar o etarismo, criar culturas inclusivas e reconhecer o valor da experiência são passos cruciais para garantir que todas as gerações possam contribuir plenamente e se beneficiar das oportunidades no mundo do trabalho. As empresas que abraçam essa diversidade não apenas atendem às demandas demográficas, mas também fortalecem sua inovação, criatividade e resiliência.