Pânico nas Bolsas: Tarifa de 34% de Trump desencadeia queda histórica e perdas de trilhões - A crise de 2025 começou?

Os mercados financeiros ao redor do mundo entraram em colapso nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025, diante do agravamento da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. A tensão comercial entre as duas maiores economias do planeta gerou reações em cadeia em bolsas da Ásia, Europa e América, abalando investidores, governos e empresas. A situação é considerada uma das piores desde a crise financeira global de 2008.
Origem do colapso:
A principal causa do pânico foi a decisão dos Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, de impor uma tarifa de 34% sobre produtos chineses. Em resposta imediata, a China retaliou com uma tarifa do mesmo valor sobre mercadorias americanas. Essa troca agressiva de sanções abalou profundamente os mercados, que já vinham demonstrando instabilidade diante das incertezas comerciais.
Impactos na Ásia:
- A Ásia foi o epicentro da queda, com os piores resultados em cinco anos.
- O índice Nikkei 225, do Japão, caiu 7,9%, enquanto o Topix teve perda de 7,7%.
- A gigante Sony perdeu mais de 10% de seu valor de mercado.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng desabou mais de 13%, registrando sua pior queda desde 1997.
- Na China continental, os índices Shanghai Composite e CSI300 caíram cerca de 7%.
- Taiwan registrou uma queda de 9,7% no índice Taiex, afetando empresas-chave como TSMC e Foxconn.
- O índice Kospi da Coreia do Sul teve queda de 5,6%, com destaque para a Samsung, que perdeu mais de 5%.
- Austrália e Nova Zelândia também foram afetadas, com quedas de 4,2% e 3,7%, respectivamente.
Repercussões na Europa e expectativas para os EUA:
- A bolsa alemã (DAX) abriu com queda de 9%, enquanto o FTSE de Londres caiu 5%.
- Os futuros das ações americanas também registraram perdas acentuadas, apontando para uma abertura em forte baixa na bolsa de Nova York.
- Segundo especialistas, o índice S&P 500 está próximo de entrar em um mercado de baixa, sinalizando queda de 20% em relação ao pico.
- Estima-se que mais de
US$ 5,4 trilhões
tenham sido perdidos em valor de mercado em apenas dois dias.
Queda no petróleo e no ouro:
- Os preços do petróleo continuaram em queda: O Brent recuou 2,4% e o WTI caiu 2,5%.
- Até o ouro, tradicionalmente considerado porto seguro em crises, sofreu: Caiu mais de 4% e foi negociado a cerca de
US$ 3 mil
por onça.
Posicionamentos políticos e reações globais:
- Donald Trump afirmou não ter derrubado os mercados “intencionalmente”, mas se recusou a prever o futuro dos índices.
- Ele se diz disposto a negociar, mas quer que a China “resolva seu superávit comercial”.
- Em 2024, os EUA importaram
US$ 438,9 bilhões
da China e exportaram apenasUS$ 143,5 bilhões
para o país asiático. - Trump também impôs uma tarifa de 24% sobre o Japão, que será efetiva ainda nesta semana.
- O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, anunciou que visitará os EUA para tentar reverter as tarifas, alegando que o Japão não tem praticado comércio injusto.
- Em Taiwan, o presidente Lai Ching-te anunciou que o país aumentará as compras de produtos dos EUA e buscará acordos comerciais que eliminem barreiras tarifárias.
- O porta-voz oficial do Partido Comunista Chinês reforçou que a China está preparada para lidar com a pressão americana, citando oito anos de experiência em disputas comerciais com os EUA.
Preocupações econômicas globais:
1.
Economistas do Barclays adotaram uma visão cautelosa quanto à capacidade de países asiáticos, como Coreia do Sul e Cingapura, em negociar termos favoráveis com os EUA.
2.
O Goldman Sachs estima que as tarifas reduzirão o crescimento do PIB chinês em até 0,7 ponto percentual.
3.
O Banco do Japão emitiu alertas sobre incertezas econômicas e possíveis revisões para baixo nas projeções de crescimento.
O agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China está provocando uma das maiores crises nos mercados globais da última década. Com bolsas em queda livre, reações políticas intensas e sinais de recessão se aproximando, o cenário inspira cautela e preocupação. A instabilidade gerada pelas tarifas atinge não apenas as economias envolvidas, mas também o comércio e os investimentos globais. A ausência de um diálogo efetivo entre as potências aumenta os riscos de uma “guerra econômica total”, como alertou o bilionário Bill Ackman. Diante disso, cresce a pressão para que líderes mundiais busquem uma solução diplomática urgente antes que os danos se tornem irreversíveis.