Possível recessão nos EUA pode abalar a economia brasileira: Entenda os riscos e impactos globais
Recentemente, a possibilidade de uma recessão econômica nos Estados Unidos gerou preocupações globais, afetando até mesmo economias distantes como a brasileira. Esta situação é comum, visto que a economia americana, sendo a maior do mundo, tem um impacto significativo sobre os mercados globais. A seguir, exploramos como a recessão americana pode influenciar a economia brasileira, analisando eventos passados e as expectativas atuais.
Contexto Atual
O recente alarde sobre uma possível recessão nos EUA surgiu após o relatório de empregos divulgado pelo Departamento do Trabalho. Em julho de 2024, o crescimento do emprego foi de 114 mil vagas, abaixo das expectativas de 180 mil. Além disso, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, ultrapassando a previsão de 4,1%. Esses dados levaram a uma revisão das expectativas econômicas, com muitos especialistas considerando a aplicação da regra de Sahm.
Regra de Sahm:
Criada por Claudia Sahm, essa regra utiliza a média móvel de três meses da taxa de desemprego para prever recessões. Se houver um aumento de 0,5 ponto percentual ou mais em relação ao menor valor dos últimos 12 meses, isso pode sinalizar uma desaceleração econômica. No entanto, Sahm considera que a recessão não é garantida apenas com base nesse indicador.
Histórico de Crises Econômicas e Seus Efeitos Globais
A história recente demonstra que crises econômicas americanas têm repercussões globais significativas.
Black Monday
- 19 de outubro de 1987, queda de 22% no Dow Jones
- Perda global significativa, regulamentações como circuit breaker foram introduzidas.
Bolha Dot Com
- Estouro da bolha em março de 2000
- Nasdaq caiu quase 80%, impactando mercados globais. Ibovespa subiu apenas 15% até 2002.
Crise do Subprime
- 2008, falência do Lehman Brothers e recessão global
- Fuga de capitais do Brasil, dólar subiu de
R$ 1,8
paraR$ 2,4
. Ibovespa caiu quase50%
.
A crise do Subprime é um exemplo notável de como problemas no mercado imobiliário dos EUA podem afetar negativamente economias em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Perspectivas Atuais
Especialistas como Matheus Spiess e Rafael Schmidt não acreditam que os EUA estejam em recessão atualmente. Spiess vê uma possível normalização da economia americana e sugere cortes graduais de juros. Schmidt destaca uma possível antecipação de recessão pelos mercados, refletida na inversão dos juros das treasuries americanas.
As recessões nos EUA têm um histórico comprovado de impacto global, afetando mercados e economias, incluindo a brasileira. Apesar das preocupações atuais e das variações nos indicadores econômicos, especialistas apontam que a recessão americana não é iminente. Contudo, é crucial monitorar esses sinais e preparar-se para possíveis impactos econômicos futuros. A experiência passada mostra que o impacto pode ser significativo e afetar diversos aspectos da economia brasileira.