Novo Congresso Nacional: O que muda com Alcolumbre e Motta no comando? Impactos e desafios para o Brasil
As eleições para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados ocorreram neste sábado (1º de Fevereiro), definindo o novo comando do Congresso Nacional pelos próximos dois anos. Com votações expressivas, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) foram eleitos para liderar as respectivas Casas Legislativas.
A formação das Mesas Diretoras também foi definida, estabelecendo a distribuição de cargos-chave dentro do Congresso. A seguir, explicamos os principais pontos dessa mudança, seus impactos e os desafios que virão.
Quem são os novos presidentes do Congresso?
Davi Alcolumbre – Presidente do Senado
- Eleito com 73 votos dos 81 possíveis, Alcolumbre retorna à presidência do Senado, cargo que já ocupou entre 2019 e 2021.
- Defende um relacionamento harmônico entre o Legislativo e o Executivo, prometendo apoio à agenda do governo Lula.
- Ressaltou que, embora o governo tenha suas pautas, o Senado terá autonomia para avaliar e discutir cada proposta.
Hugo Motta – Presidente da Câmara
- Recebeu 444 votos dos 513 deputados, consolidando amplo apoio entre os parlamentares.
- Focou seu discurso na estabilidade econômica e social, afirmando que “o Legislativo não tem tempo para errar”.
- Defendeu que a harmonia entre os Poderes é essencial para garantir crescimento econômico e combate à inflação.
Como ficou a divisão das Mesas Diretoras?
Após as eleições para as presidências, foram definidos os cargos das Mesas Diretoras, que desempenham funções essenciais para o funcionamento das duas Casas Legislativas.
Senado
Acordo entre os partidos garantiu que PT e PL ocupassem as vice-presidências.
Os cargos foram distribuídos da seguinte forma:
- 1º vice-presidente: Eduardo Gomes (PL-TO)
- 2º vice-presidente: Humberto Costa (PT-PE)
- 1ª secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
- 2ª secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
- 3ª secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
- 4ª secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)
Câmara dos Deputados
Assim como no Senado, os cargos foram divididos entre os partidos que apoiaram Hugo Motta.
Distribuição das principais funções:
- 1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ)
- 2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA)
- 1º secretário: Carlos Veras (PT-PE)
- 2ª secretária: Lula da Fonte (PP-PE)
- 3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE)
- 4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR)
Qual será a relação do Congresso com o governo?
Alcolumbre: apoio com independência
- Alcolumbre declarou que sua gestão não será um obstáculo para as pautas do governo Lula.
- No entanto, afirmou que o Senado tem o direito de decidir quais propostas apoia ou não.
- Destacou que a relação com o Executivo será baseada no diálogo e na busca por consenso.
Motta: foco na estabilidade econômica
- Defendeu que um Congresso eficiente precisa garantir segurança para a economia.
- Disse que combater a inflação e manter a responsabilidade fiscal são prioridades.
- Afirmou que não há caminho certo ou errado na política, apenas o caminho do Brasil, destacando a necessidade de diálogo entre todas as correntes políticas.
Quais serão as prioridades do Congresso em 2025?
Com as novas lideranças, algumas pautas prioritárias para o governo e o Legislativo já estão sendo debatidas. Entre elas, destacam-se:
- Reforma tributária – O Congresso deve discutir mudanças na carga tributária, incluindo a proposta de zerar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
- Incentivo ao empreendedorismo – Projetos voltados para microempreendedores devem ganhar espaço nas discussões.
- Apoio à exportação – O programa “Acredita Exportação” promete estimular a venda de produtos brasileiros no exterior.
O que esperar dos próximos dois anos?
A nova composição do Congresso Nacional indica um cenário de maior alinhamento entre Legislativo e Executivo, mas sem abrir mão da autonomia das Casas.
- O Senado, sob a liderança de Alcolumbre, deve garantir que a agenda do governo avance, mas sem abrir mão do debate e das decisões próprias.
- A Câmara, com Hugo Motta, buscará manter a estabilidade econômica e social, defendendo reformas estruturais.
Nos próximos meses, a atuação do Congresso será fundamental para definir os rumos do país, especialmente em temas econômicos e sociais. Resta saber até que ponto essa harmonia entre os Poderes será mantida na prática.