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quinta-feira, 13 de junho de 2024 às 10:36 GMT+0

Projeto de lei equipara aborto a homicídio: Saiba o que pode mudar e suas implicações jurídicas

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou, em regime de urgência, a tramitação de um projeto de lei que visa equiparar as penas por aborto às penas por homicídio. A proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugere aumentar a pena para gestantes e médicos que realizem abortos após 22 semanas de gestação. Este resumo detalha as mudanças propostas, a legislação atual, e as justificativas apresentadas.

Importância e Relevância

  • Equiparação das Penas: Propõe igualar as penas de aborto acima de 22 semanas às de homicídio simples, aumentando a severidade das punições.
  • Limite Temporal Claro: Estabelece um limite temporal para a realização de abortos, objetivando clareza e uniformidade na aplicação da lei.
  • Exceções Mantidas: Preserva as exceções para abortos em casos de anencefalia e risco à vida da gestante.

Legislação Atual

Atualmente, o Código Penal brasileiro define as penas para aborto da seguinte forma:

  • Gestante provoca aborto: 1 a 3 anos em regime semi-aberto ou aberto
  • Aborto sem consentimento da gestante: 3 a 10 anos em regime fechado
  • Aborto com consentimento da gestante: 1 a 4 anos em regime fechado
  • Lesão corporal grave à gestante: Penas aumentadas em um terço
  • Resultado em morte: Penas duplicadas
  • Aborto legal: Permitido em casos de anencefalia, risco à vida da gestante, ou estupro

Mudanças Propostas pelo Projeto

O projeto de lei estabelece que:

  1. Equiparação às Penas de Homicídio: Abortos realizados após 22 semanas de gestação terão penas equivalentes às de homicídio simples, que variam de seis a vinte anos de prisão em regime fechado.
  2. Casos de Estupro: A limitação de 22 semanas também se aplica a gestações resultantes de estupro.
  3. Exceções Mantidas: Procedimentos em casos de anencefalia ou risco à vida da gestante permanecem inalterados conforme o Código Penal atual.

Justificativa do Projeto

O deputado Sóstenes Cavalcante argumenta que a falta de um limite gestacional claro pode levar à prática de abortos em estágios avançados da gestação, onde o feto já seria viável fora do útero. Ao fixar o limite de 22 semanas, o projeto visa proteger juridicamente fetos considerados viáveis e delinear claramente a diferença entre aborto e homicídio.

A proposta de lei visa trazer maior rigor à legislação de aborto no Brasil, refletindo debates éticos e jurídicos sobre a viabilidade fetal e os direitos da gestante. Ao estabelecer um limite temporal de 22 semanas, o projeto busca proporcionar clareza legal e proteger fetos considerados viáveis. As discussões em torno deste projeto refletem as complexas questões sociais e morais envolvidas na regulamentação do aborto.

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