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sábado, 9 de novembro de 2024 às 11:30 GMT+0

Geração Z e bebidas energéticas: O crescimento imparável e os perigos ocultos para a saúde

A crescente popularidade das bebidas energéticas trouxe questões importantes sobre os riscos que esses produtos representam à saúde. Com um mercado avaliado atualmente em US$ 68 bilhõese uma projeção de crescimento para US$ 98,8 bilhões até 2032, as bebidas energéticas conquistaram especialmente o público jovem, que representa cerca de 50% dos consumidores globais. Esse segmento, impulsionado pela geração Z, continua em expansão, mas gera preocupações entre especialistas sobre os potenciais efeitos adversos, principalmente devido ao alto teor de cafeína e outros ingredientes estimulantes.

Histórico e popularização

A ascensão das bebidas energéticas começou na Ásia nos anos 60, com o Lipovitan D, um tônico criado pela Taisho Pharmaceuticals. Dietrich Mateschitz, fundador da Red Bull, introduziu esse conceito na Europa após descobrir o energético asiático Krating Daeng nos anos 80. O Red Bull logo se tornou um sucesso nos EUA em 1997, inaugurando a “corrida das bebidas energéticas” com diversas empresas competindo para inovar nesse mercado.

Principais ingredientes e riscos

As bebidas energéticas incluem cafeína, taurina, beta-alanina, inositol e glucuronolactona, e prometem benefícios variados, mas apresentam riscos à saúde:

  • Cafeína: Uma lata de energético contém cerca de 160 mg de cafeína, mais do que o encontrado em uma xícara de café. Para adolescentes e jovens em desenvolvimento, isso representa um risco aumentado para saúde mental e física.
  • Sistema nervoso e cardiovascular: Consumo excessivo pode causar insônia, transtornos de ansiedade, estresse, palpitações cardíacas e até casos de morte súbita em situações de abuso.
  • Mistura com álcool: O CDC desaconselha misturar cafeína com álcool, pois a combinação mascara os efeitos depressivos do álcool, levando a um aumento do consumo e a comportamentos de risco, como dirigir embriagado.

Impacto na saúde pública

Estudos recentes apontam para efeitos adversos do consumo prolongado de energéticos, incluindo sobrepeso, hipertensão, e osteoporose. Em alguns países, como Washington (EUA), já existem restrições para menores de 18 anos. No entanto, o alcance dessas regulamentações ainda é limitado globalmente.

  • Excesso de Cafeína: Pode causar dependência e problemas de saúde mental e cardiovascular.
  • Mistura com álcool: Aumenta os riscos de comportamentos perigosos, como dirigir bêbado.
  • Impactos metabólicos: Associado ao sobrepeso e possíveis complicações ósseas.
  • Efeitos crônicos: Efeitos de longo prazo ainda são desconhecidos e pouco estudados.

O consumo de bebidas energéticas, embora amplamente aceito e em alta, traz sérias preocupações à saúde pública. Os especialistas enfatizam a importância de conscientizar os jovens sobre os riscos do consumo excessivo e sobre o impacto a longo prazo, que permanece amplamente desconhecido. Com o aumento do consumo, é crucial um debate sobre regulamentação e uma abordagem preventiva para minimizar os danos à saúde da sociedade.

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