Como viagens podem transportar pandemias: Entenda a conexão entre viagens e doenças
A mobilidade humana desempenha um papel crucial na disseminação de doenças infecciosas. Um exemplo claro é a pandemia de COVID-19, que se espalhou rapidamente pelo mundo devido ao deslocamento de pessoas.
Importância e Relevância
- Identificação Precoce: Entender padrões de deslocamento pode ajudar a identificar os primeiros passos de uma doença infecciosa.
- Previsão de Rotas: Prever a rota de espalhamento de uma doença permite ações preventivas mais eficazes.
- Controle de Disseminação: Medidas de controle podem ser implementadas antes que a doença se torne uma pandemia.
Estudos de Caso
COVID-19
- Janeiro de 2020: Passageiros de um voo da China para a Tailândia começaram a espalhar o vírus sem saber.
- Abril de 2020: Mais de
1 milhão de casos
confirmados globalmente.
Dados de Mobilidade
Milhões de pessoas se deslocam diariamente por aviões, carros, trens e navios. Em 2019, houve mais de 38 milhões de voos comerciais no mundo. No Brasil, mais de 82 milhões de pessoas viajaram de avião em 2022.
Principais Meios de transportes no Brasil
- Aéreo: 730 mil voos domésticos em 2022.
- Rodoviário: Rede com mais de 1,7 milhão de km.
- Fluvial: Crucial na região Norte para conectar municípios ribeirinhos.
Modelos Baseados em Transporte
Os modelos que utilizam padrões de mobilidade humana são essenciais para entender a disseminação de doenças. Durante a pandemia de COVID-19, dados de mobilidade de smartphones foram amplamente usados para esse fim.
Rede de Transporte no Brasil
Nosso estudo utilizou dados de transporte aéreo, rodoviário e fluvial para criar uma rede que representa a mobilidade entre municípios brasileiros.
Exemplos de Rotas Prováveis
Um patógeno surgido em Manaus pode se espalhar rapidamente para Belém, Porto Velho, Boa Vista e Santarém, e também para São Paulo e Brasília.
Rede Sentinela de Vigilância
A vigilância sentinela é uma estratégia para detectar patógenos circulantes através da coleta regular de amostras. No Brasil, a rede atual cobre 52% da mobilidade nacional, mas pode ser aprimorada para cobrir 70% com ajustes.
Os padrões de mobilidade humana são ferramentas poderosas para prever e conter a disseminação de doenças infecciosas. Com dados mais refinados e a integração de fatores socioeconômicos e climáticos, é possível obter uma visão mais precisa e abrangente, permitindo respostas mais eficazes e rápidas para futuras emergências de saúde pública.