Agências de notícias unem forças para exigir transparência nas regras de treinamento de IA
Várias organizações de notícias estão fazendo um apelo por maior transparência e salvaguardas de direitos autorais no uso de inteligência artificial (IA). Uma carta aberta, assinada por renomadas agências de mídia, insta os legisladores globais a estabelecerem regulamentações que garantam a transparência no uso de conjuntos de dados para treinar modelos de IA, assim como o consentimento dos detentores de direitos autorais. Além disso, a carta pede que empresas de mídia e operadores de IA colaborem para identificar conteúdos gerados por IA, erradicar vieses e informações falsas, contribuindo para uma informação confiável.
As organizações que subscreveram a carta incluem nomes de peso como Agence France-Presse, Associated Press, Getty Images e muitas outras. Eles argumentam que o treinamento de modelos de IA com conteúdo de mídia está prejudicando os criadores originais ao disseminar informações sem reconhecimento ou compensação adequada. Isso não só ameaça os modelos de negócios da indústria de mídia, mas também a diversidade da mídia e a qualidade da informação disponível ao público.
A motivação por trás da carta foi a recente exposição de ferramentas de geração de notícias por IA, como o Google Genesis, que foram testadas em parceria com organizações de notícias proeminentes. Apesar do potencial da IA generativa para trazer benefícios, tem havido preocupações com erros e distorções em artigos gerados por IA. A carta também ecoa preocupações mais amplas sobre o uso de material protegido por direitos autorais em treinamento de IA, um tópico que tem sido discutido em audiências do Senado e até mesmo em processos judiciais envolvendo plataformas de arte generativa.
Apesar das preocupações, algumas agências de notícias já estão explorando colaborações com IA generativa. A Associated Press, por exemplo, permitiu que parte de seu arquivo fosse licenciado para a OpenAI e fosse utilizada no desenvolvimento de ferramentas de redação de notícias baseadas em IA.
A carta ressalta a crença de que a IA generativa pode trazer vantagens significativas, desde que haja um equilíbrio entre inovação e respeito aos direitos das empresas de mídia. Portanto, é um apelo não apenas por regulamentações mais claras, mas também por uma colaboração mais ética e transparente entre as partes interessadas na indústria da informação e a crescente influência da IA.