Doce disparidade: A amarga verdade sobre o açúcar nos alimentos infantis da Nestlé
A Nestlé, uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, foi acusada por ONGs de adicionar açúcar em produtos destinados a bebês exclusivamente em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Esta prática contrasta com a abordagem da empresa em países europeus, onde produtos similares são vendidos sem adição de açúcar.
Importância e Relevância:
- Saúde Infantil: A adição de açúcar em alimentos para bebês pode influenciar negativamente os hábitos alimentares e a saúde a longo prazo.
- Padrões Nutricionais: A consistência nos padrões nutricionais globais é crucial, especialmente para empresas com alcance internacional como a Nestlé.
- Transparência Corporativa: Alegações como essas levantam questões sobre a transparência e ética corporativa em relação às práticas de marketing e formulação de produtos.
Desenvolvimento Econômico:
Países desenvolvidos têm economias mais robustas e regulamentações mais estritas, o que resulta em maior controle sobre a composição nutricional dos alimentos. Isso inclui limites mais rígidos para aditivos como o açúcar.
Regulamentação e Consciência do Consumidor:
Em países em desenvolvimento, a regulamentação pode ser menos rigorosa e a consciência do consumidor sobre questões de saúde nutricional pode ser menor. Isso pode levar a práticas corporativas que aproveitam essas lacunas para maximizar a aceitação do produto e os lucros, às vezes à custa da saúde pública.
País | Açúcar/ Porção | Produtos c/ Açúcar |
---|---|---|
Filipinas | 7,3g | 5 de 8 |
Nigéria | 6,8g | Não especificado |
Senegal | 5,9g | Não especificado |
Vietnã | 5,4g | 7 de 7 |
Etiópia | 5,2g | Não especificado |
África do Sul | 4,2g | 9 de 9 |
O relatório das ONGs Public Eye e Ibfan destaca uma preocupante discrepância nas práticas da Nestlé. Enquanto em mercados europeus, como a Suíça, Alemanha, França e Reino Unido, os produtos são isentos de açúcar adicionado, em países em desenvolvimento, a realidade é outra. No Brasil, por exemplo, três quartos dos cereais infantis da marca contêm adição de açúcar. A Nestlé defende que segue os limites impostos pela Anvisa e as recomendações da OMS, e que as variações nas receitas entre países dependem de vários fatores.
A discussão em torno dessa questão é vital, pois destaca a necessidade de uma abordagem mais uniforme e saudável na produção de alimentos para bebês, independentemente da região geográfica.