FGTS e Inflação: STF garante novo rendimento e proteção financeira para trabalhadores
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determina que os novos depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) sejam corrigidos, no mínimo, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil. Essa mudança visa proteger os trabalhadores contra a inflação e garantir um rendimento mais justo para suas contas do FGTS.
Importância e Relevância da Decisão
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Proteção contra a Inflação: A decisão assegura que os rendimentos do FGTS acompanhem a inflação, preservando o poder de compra dos trabalhadores.
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Segurança Jurídica: Ao aplicar a mudança apenas para depósitos futuros, a decisão evita riscos fiscais retroativos que poderiam chegar a
R$ 300 bilhões
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Impacto Social e Econômico: A medida beneficia principalmente trabalhadores com saldos menores no FGTS, promovendo maior justiça social.
Como Era e Como Fica
Cálculo Anterior
- Fórmula: TR (0,48% a.a) + 3% a.a.
- Exemplo: Para um saldo de
R$ 10.000,00
, o rendimento seria deR$ 10.348,00
após um ano.
Novo Cálculo com a Correção pelo IPCA
- IPCA de 2023:
4,62%
- Exemplo: Para um saldo de
R$ 10.000,00
, o rendimento seria deR$ 10.462,00
após um ano.
Impacto Social
A maioria das contas do FGTS tem saldos baixos. Uma correção pela poupança beneficiaria desproporcionalmente os trabalhadores com saldos mais altos, enquanto a correção pelo IPCA promove uma distribuição mais equitativa dos rendimentos.
Debate sobre a Correção pela Poupança
Durante o julgamento, houve discussões sobre a utilização do índice da poupança para a correção do FGTS. A Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou que isso aumentaria os custos de financiamento público e não promoveria a justiça social esperada, especialmente para contas com saldos menores.
Impacto nas Contas Públicas:
- Correção pela Poupança:
R$ 19,9 bilhões
em 6 anos. - Correção pelo IPCA:
R$ 8,6 bilhões
em 4 anos.
A decisão do STF de corrigir os novos depósitos do FGTS pelo IPCA é uma medida que protege os trabalhadores contra a inflação, garante segurança jurídica e promove justiça social. Embora haja um impacto financeiro significativo nas contas públicas, a medida é considerada justa e necessária para manter o poder de compra dos trabalhadores e assegurar a continuidade de políticas públicas fundamentais.