Será que o homem realmente pisou na Lua? Descubra a Teoria da Conspiração que inspirou o filme "Como Vender a Lua"
A comédia romântica Como Vender a Lua, agora disponível no Apple TV+, combina humor e drama ao contar uma história inspirada em uma teoria da conspiração que surgiu nas décadas de 1960 e 1970. Protagonizada por Scarlett Johansson e Channing Tatum, a trama se passa em 1968 e foca nos desafios enfrentados pela NASA durante a Corrida Espacial. Dirigido por Greg Berlanti, o filme apresenta um enredo que explora os bastidores da Apollo 11 e a criação de um falso pouso na Lua, uma teoria que ainda atrai adeptos, apesar das evidências contrárias.
A trama do filme
- A história segue Kelly Jones, uma especialista em marketing contratada pelo governo dos Estados Unidos para melhorar a imagem pública da NASA. Em uma época de intensa rivalidade com a União Soviética, a missão da Apollo 11 precisa ser levada a sério, e Kelly é encarregada de convencer o público de que o homem realmente pode pisar na Lua. Para isso, ela é forçada a criar uma campanha midiática que inclui a encenação de um falso pouso, um projeto sigiloso destinado a ser transmitido caso a missão real falhasse. O relacionamento crescente entre Kelly e o cínico diretor de lançamento Cole Davis, interpretado por Channing Tatum, adiciona camadas de romance e drama à narrativa.
A conspiração lunar: Kubrick e a fake news
- O filme faz referência a uma das maiores teorias da conspiração da história: a alegação de que a chegada do homem à Lua, em 1969, foi uma farsa transmitida ao vivo para o mundo. A teoria, que ganhou força nos anos 1970, sugeria que o cineasta Stanley Kubrick, que havia trabalhado em 2001: Uma Odisseia no Espaço, havia sido contratado para filmar o falso pouso lunar. Kubrick, que conhecia bem os efeitos de gravidade zero devido ao seu trabalho em 2001, foi apontado como o responsável por criar as imagens de um pouso lunar falso. Embora Kubrick tenha desmentido diversas vezes qualquer envolvimento na conspiração, a teoria persistiu, alimentada pelo mistério que sempre cercou a NASA e a Corrida Espacial.
A persistência da teoria
- Mesmo com as evidências de que o homem realmente pisou na Lua – incluindo as expedições subsequentes da Apollo – a teoria continua a atrair adeptos. Nos anos 1980, quando Kubrick lançou O Iluminado, teoristas da conspiração começaram a associar detalhes do filme à alegada farsa da Lua, como o suéter de Danny Torrance, com a inscrição "Apollo", e o nome "Overlook Hotel", que, rearranjado, formaria "Moon Room". A persistência dessas crenças é tão forte que, em 2019, uma pesquisa revelou que 26% dos brasileiros duvidavam que o homem realmente tivesse chegado à Lua, mais de 50 anos após o evento.
O filme e sua recepção
- Como Vender a Lua não se limita a abordar a teoria da conspiração de forma pesada; em vez disso, o filme usa a situação como pano de fundo para uma comédia romântica envolvente. A interação entre os protagonistas, interpretados por Johansson e Tatum, e a presença de atores como Woody Harrelson e Ray Romano, trazem leveza e diversão à história. A produção, com sua abordagem humorística e dramática, é uma maneira leve de revisitar um tema que, apesar de desacreditado, ainda gera curiosidade.
Embora o filme Como Vender a Lua seja uma comédia romântica que explora a relação entre os personagens principais e os bastidores da NASA, ele também revive uma das teorias da conspiração mais duradouras sobre o pouso na Lua. Apesar de ser uma ficção baseada em um boato amplamente desmentido, a história nos lembra do poder das fake news e de como teorias podem permanecer vivas por décadas. O filme é uma maneira divertida e interessante de refletir sobre um capítulo importante da história e como ele continua a fascinar as pessoas até hoje. Para quem gosta de um bom enredo misturando ficção com história real, Como Vender a Lua oferece uma dose de entretenimento e reflexão.